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Café Vianna

  • Nome
    Café Vianna
  • Cidade
    Braga
  • morada
    Praça da República
    4710-305 Braga
  • GPS
    41.551339, -8.42335
  • telefone / telemóvel
  • e-mail
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  • redes sociais

O Café, o Banco, o Ponto de Encontro e a Memória de Eça ou Camilo

Pela sua localização e pela sua importância na vida social e económica dos bracarenses, mas não só, o Café Vianna é um dos mais emblemáticos cafés portugueses. Localizado no edifício da Arcada, na Praça da República,  abriu em 1871 pela mão de Manuel José da Costa Vianna. E quando dizemos que foi importante na vertente económica, baseamo-nos num facto: imediatamente após a I Guerra Mundial, em 1921, não havia trocos em Braga. O Café Vianna fornecia senhas que as pessoas trocavam por artigos, por exemplo, na mercearia. Pode até ser algo que mais espaços do género fariam, mas na página oficial da História deste estabelecimento é uma das memórias mais destacadas.

Seria, contudo, impossível não pesquisar as memórias da ironia com que Eça de Queirós ou Camilo Castelo Branco abordavam nos seus escritos as questões políticas e sociais, a partir do Café Vianna, considerado um café de encontros. Braga pode ter muitas entradas, mas o ponto de encontro, mesmo para os que não conhecem, passa a ser no Vianna e, depois, o destino encarrega-se do resto, no centro da cidade, sob o olhar de turistas e estudantes que enchem quase sempre a esplanada sob as arcadas.

Tecto alto, janelas amplas, grandes espelhos... tal como alguns dos cafés descritos na Rota.
Camilo Castelo Branco frequentava o Vianna à terça-feira, dia da  Feira de Gado. Quanto ao café, Camilo tomava-o “bem forte”.
No Vianna foi lançado publicamente o jornal «O Primeiro de Janeiro», em 1936, e foi palco, ainda no decorrer na década de 1930, de lutas intelectuais e manobras contra o Estado Novo.

Teve obras de renovação nos anos de 1980, depois de anos de abandono. Aliás, a década parece ser aziaga em quase todos os cafés históricos. O mesmo aconteceu no Vianna.  Actualmente, pertence a três sócios: Artur Pereira, Maria Torres e Manuel Travessa.
Quanto a especialidades, o Café Vianna tem tudo o que um café deve ter... à imagem do que sempre teve.

 

 

The Café, the Bench, the Meeting Point and the Memory to Eça and Camilo

Not only due to its location and its importance in the social and economic life of the people of Braga, the Café Vianna is one of the most emblematic Portuguese Cafés. It is located in the Arcada building in the Praça da República, and opened in 1871, run by Manuel José da Costa Vianna. And when it is stated that it was important economically, this is based on a fact: in 1921, immediately after the First World War, there was no small change in Braga. The Café Vianna supplied slips of paper which people could exchange for articles, for example, in the grocery store. This might have been also done by other establishments of the kind, but in its official History page, this is one of the most highlighted memories.

It would, however, be impossible not to search for the ironic memories of Eça de Queirós or Camilo Castelo Branco, who addressed their own writings and political and social issues from the Café Vianna, considered as a café in which to meet. Braga may have had many entrances, but the meeting point, even for those who do not know it, became the Vianna and then destiny has taken care of the rest, in the centre of the city, under the eye of tourists and students who almost completely fill its esplanade under the arcade.

High ceiling, broad windows, large mirrors... just like some of the cafés described in the Route. Camilo Castelo Branco went to the Vianna on Tuesdays, the day of the Livestock Fair. As for his coffee, Camilo took it “very strong”.
In 1936, the Vianna was where the newspaper “O Primeiro de Janeiro (The First of January)” was launched, and during the 1930s it was the stage for intellectual fights and actions against the Estado Novo.
It underwent renovation works in the 1980s, after years of neglect.
Indeed, it was a fateful decade for almost all the historical cafés.
The same happened to the Vianna. It currently belongs to three partners: Artur Pereira, Maria Torres and Manuel Travessa.
As for specialties, the Café Vianna possesses everything a café should have... in the image that it has always had.