cAFÉ aRCADA
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NomeCafé Arcada
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CidadeÉvora
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moradaPraça do Giraldo,7
7000-508 Évora -
GPS38.571311, -7.909681
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Site
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telefone / telemóvel
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e-mail
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redes sociais
O Café da “Aparição”
Impossível não provar, avisamos, a Queijada de Évora.
Mas recuemos a 1942. Considerado um dos melhores do País, com mais de 100 mesas, o Café Arcada abre as hostilidades das inovações num dia de São Valentim. 14 de Fevereiro, portanto. Data referenciada como acontecimento social, iniciativa conjunta de António Justino Mexia da Costa Praça, Basílio da Costa Oliveira, Celestino Costa e António Borges Barreto, quatro dos maiores comerciantes eborenses. O estabelecimento foi inaugurado com um “jantar à americana (para famílias)”, sendo obrigatório o uso de “trajo de passeio”.
A entrada fazia-se por três portas, sendo a principal a que dava para a Praça do Giraldo. Esta, tinha como novidade uma porta giratória. As outras entradas faziam-se lateralmente pela Rua Nova e no topo pela Alcárcova de Cima.
Em 2001 a Cervejeira Lusitana assume a exploração do espaço, remodela e recupera a alma do velho Café Arcada, conservando grande parte da estrutura, incluindo a porta giratória e recuperando a arte da antiga pastelaria, através de uma produção exclusiva. Ora cá está a Queijada, confeccionada com genuíno requeijão alentejano.
Só que a delícia deste Café estende-se também à Literatura. Em «Aparição», considerado um dos melhores romances portugueses de sempre, o escritor Vergílio Ferreira relata bem o ambiente do Café Arcada, nomeadamente quando nele entrou pela primeira vez em 1946, colocando na boca do protagonista: “Acabamos por marcar o encontro para o dia seguinte no Arcada sem que o Moura se lembrasse de que era uma terça-feira, ou seja dia de mercado.”. O escritor ficou, aliás, com uma marca indelével do “Arcada”, pois foi ali que o seu colega e padrinho de casamento, Alberto Miranda, lhe pagou a boda. Que consistiu, imaginem: “num galão a cada um e bolos”, conforme revelaria o próprio Vergílio Ferreira.
The Café of the “Aparição (Apparition)”
Let us warn you, it is impossible not to try the Queijada from Évora.
But let's go back to 1942. Considered one of the country's best, with more than 100 tables, the Café Arcada opened innovative hostilities on a Valentine's Day. 14 February, therefore. A date referred to as a social event, a joint initiative of António Justino Mexia da Costa Praça, Basílio da Costa Oliveira, Celestino Costa and António Borges Barreto, four of the largest merchants in Évora. The establishment was inaugurated with an “American dinner (for families)”, with the use of “walking attire” being obligatory.
Entry was made by three doors, with the main one leading to the Praça do Giraldo. This had a revolving door as a novelty. The other entrances were lateral on to Rua Nova and at the top by the Alcárcova de Cima.
In 2001, the Cervejeira Lusitana started operating in the space, remodelling it to recover the soul of the ancient Café Arcada, conserving most of the structure, including the revolving door and the art of the former patisserie, through exclusive production. In addition, here is the Queijada, made with genuine requeijão (curd) from the Alentejo.
However, the delights of this Café also extend to literature. In “Aparição (Apparition)", considered one of the best Portuguese novels ever, the writer Vergílio Ferreira describes well the ambience of the Café Arcada, particularly when entering it for the first time in 1946, with the leading characters stating: "We just arranged a meeting for the following day in the Arcada, without Moura remembering that it was a Tuesday, that is, a market day.” The writer provides us with an indelible mark of the “Arcada”, since it was there that his colleague and best man, Alberto Miranda, paid for his wedding. Which consisted, imagine: “of a milky coffee for everybody and cakes”, as Vergílio Ferreira himself would reveal.