Um Cocktail de Casas e Histórias
O bar O Tecto de Mercúrio abre as portas a 4 de Julho de 2013, iniciativa de Ana Luísa Arantes e Miguel Ribeiro. Como casa comercial do género, é relativamente recente, mas há todo um legado que a torna especial. Vamos chamá-la... a Casa. O primeiro testamento conhecido é de 1830-40. No entanto, deverá ser mais antiga, pois é uma junção entre duas construções que se uniram com o avançar dos anos. Numa delas, em granito até ao quarto andar, encontramos portas originais em madeira e ferro com cravos, um pequeno pátio interior e um tecto com um fresco de 1903.
O primeiro proprietário “conhecido” da Casa é José Caetano da Silva, por coincidência, parente da actual proprietária Ana Luísa Arantes. Quando José Caetano da Silva morre em 1848, a Casa é dividida em testamento à ex mulher e à mulher recente. Numa realidade que encaixa perfeitamente na ficção de alguns contos ou romances, era descrito como é que as duas iriam viver na mesma Casa... sem se cruzarem.
Em 1903 a Casa foi adquirida por Albino Pereira Cardoso, com o intuito de abrir um negócio de tecidos. Nesse ano foi pintado o fresco do tecto do rés-do-chão. No jornal da época, “o Progresso”, do dia 3 de Maio de 1903, assim se escrevia : "O estabelecimento, a avaliar pelos trabalhos de pintura que ontem ali vimos, deve ser único nesta cidade (…).
Foi sede da Comissão de Viticultura e, na década de 1970, um armazém. Abandonado desde meados dos anos 80, em 2010 surgem obras d’ O Tecto de Mercúrio (bar no rés-do-chão) e do Guimarães Studios Lounge.
A actividade d' O Tecto de Mercúrio passa, essencialmente, pela elaboração de cocktails e dispõe de um espaço Sushi junto à muralha medieval. Bastaria só esse cruzamento do Ocidente com o Japão. Contudo, há sempre muito mais!
A Cocktail of Houses and Histories
The bar O Tecto de Mercúrio opened its doors on 4 July 2013, an initiative of Ana Luísa Arantes and Miguel Ribeiro. As a commercial enterprise, it is relatively recent, but it has a complete legacy making it special. Let's call it ... the House. The first known testimony goes back to 1830-40. However, it must be older, as it is a merger of two constructions brought together as the years went by. One of them is made of granite until the fourth floor, where we can find the original wooden doors with iron nails, a small interior patio and a ceiling with a 1903 fresco.
The first "known" owner of the House was José Caetano da Silva, by coincidence, a relative of the current owner Ana Luísa Arantes. When José Caetano da Silva died in 1848, the House was divided in his will between his ex-wife and his current wife. In reality, this would have fitted perfectly into a short story or novel, which would describe how the two would live in the same House... without ever meeting.
In 1903, the House was purchased by Albino Pereira Cardoso, with the idea of opening a fabric business. The ceiling fresco of the ground floor was painted that year. On 3 May 1903, a contemporary newspaper, o Progresso, thus wrote: "The establishment, if judged according to the painting work that we saw there, will be one of its kind in the city”. It housed the Viticulture Commission and was a warehouse in the 1970s.
Abandoned since the 1980s, works are carried out in 2010 on O Tecto de Mercúrio (ground floor bar) and the Guimarães Studios Lounge.
O Tecto de Mercúrio mainly provides cocktails and has a Sushi area alongside the mediaeval wall. This meeting of the West with Japan would suffice. However, there is always much more!
